quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Administração de Recursos Humanos



ÍNDICE                                                                                                              PÁGINA

RESUMO

O Trabalho que se apresenta em diante irá debruçar-se acerca da Administração de Recursos Humanos (ARH), nas componentes de planificação dos recursos humanos, recrutamento e selecção, manutenção dos recursos humanos, interacção entre as pessoas e organizações, o treinamento do pessoal, a motivação, o sistema de informação como indutor de mudanças, a gestão de pessoas na equipa de trabalho e a comunicação e negociação. Uma vez que a ARH é um sistema, as primeiras duas componentes, enquadram-se no subsistema de provisão de recursos humanos que esta relacionado com o suprimento de pessoas para a organização, a planificação de recursos humanos tem em vista antecipar qual a força de trabalho e os talentos humanos necessários para a realização da acção organizacional futura, existindo com efeito  cinco modelos propostos por Chiavenato, o processo de recrutamento diz respeito a um sistema que visa atrair candidatos nas fontes de recrutamento  identificados e localizados no mercado de recursos humanos, que pode ser interno, externo ou misto. A selecção é um processo de comparação entre duas variáveis, de um lado os requisitos do cargo a ser preenchido e de outro lado o perfil das características dos candidatos que se apresentam. A manutenção de recursos humanos é um subsistema que engloba a compensação, planos e benefícios sociais e a qualidade de vida no trabalho. Para poderem funcionar dentro de certos padrões de operação, as organizações dispõem de um sistema de recompensas e de punições, para limitar o comportamento das pessoas. As recompensas proporcionadas pela organização enfatizam principalmente a excelência do serviço e o grau de responsabilidade do funcionário. A interacção entre as pessoas e as organizações  justifica-se pelo contexto em que funciona a ARH, que é representado pelas organizações e pelas pessoas que delas participam. As organizações são constituídas por pessoas e dependem delas para atingir seus objectivos e cumprir suas missões. Com o presente trabalho, conclui-se que sendo a ARH um sistema, todos os subsistemas que o compõem deves estar devidamente conjugados e interagirem por forma a garantir que cada um alimentem o outro com eficiência e eficácia, pois só dessa forma é que poderá ser garantido na organização um processo de ARH que proporcione o alcance dos objectivos da organização, concluiu-se ainda que a ARH é um processo contigencial e situacional, no sentido de que a mesma depende da cultura que existe em cada organização, depende ainda da estrutura organizacional adoptada e das características internas, das suas funções e processos e de um sem número de outras variáveis importantes.

CAPÍTULO I

 

1 - Introdução


O objectivo do trabalho é apresentar o tema “Administração de Recursos Humanos” numa dissertação com vista ao exame de fim do curso Licenciatura em Planificação, Administração e Gestão da Educação. Quando se fala em ARH, toma-se como referencia a administração das pessoas que participam das organizações e que nelas desempenham determinados papeis. É que, segundo Chiavenato[1], as pessoas passam a maior parte do seu tempo vivendo ou trabalhando em organizações. A produção de bens e serviços não pode ser desenvolvida por pessoas que trabalham sozinhas. Quanto mais industrializada for a sociedade, tanto mais numerosas e complexas se tornam as organizações. Estas passam a criar um duradouro impacto sobre as vidas  e sobre a qualidade de vida dos indivíduos. As pessoas nascem, crescem, são educadas, trabalham e se divertem dentro das organizações, sejam quais forem os seus objectivos, lucrativos, educacionais, religiosos, políticos, sociais, filantrópicas, económicas, etc. A ARH é uma especialidade que surgiu a partir do crescimento e da  complexidade das tarefas organizacionais. Suas origens remontam ao início do século XX, após o forte impacto da revolução industrial, com a denominação relações Industriais, como uma actividade mediadora entre as organizações e as pessoas, para minimizar o conflito industrial entre os objectivos organizacionais e os objectivos individuais das pessoas, até então consideradas incompatíveis e irreconciliáveis. Em 1950, o conceito de Relações Industriais passou a designar-se Administração de pessoas e já a partir da década de 70, surgiu o conceito de ARH.
A metodologia do trabalho, consistiu na consulta de obras científicas que abordam os Recursos Humanos e cuja bibliografia faz parte integrante do trabalho, o mesmo seguirá a seguinte estrutura, no primeiro capítulo trataremos da introdução, dos objectivos e dos conceitos, no segundo capítulo trataremos da Interacção entre as pessoas e as organizações, no terceiro capitulo trataremos dos subsistemas destacados, da gestão de pessoas na equipe de trabalho e na parte final apresentaremos a conclusão e bibliografia.

2. Objectivos

2.1. Objectivo geral

Ø  Apresentar em dissertação a Administração de Recursos Humanos.

2.2. Objectivos específicos

Ø  Definir os conceitos básicos de ARH;
Ø  Identificar os elementos que compõem o sistema de ARH;
Ø  Indicar as técnicas de recrutamento e selecção em ARH;
Ø  Relacionar as pessoas com as organizações no processo de ARH.

3. Metodologia

  • Foram consultadas diversas fontes bibliográficas, a fim de  buscar suportes teóricos, cujas referências indicamos na parte final do trabalho;
  • Após recolha bibliográfica, foi feita a análise dos conteúdos, fazendo alguns apanhados que serviram para as compilações preliminares.
  • Das compilações preliminares foi produzida uma versão da qual resultou este trabalho.

4. Definições

Chiavenato (1997:23), afirma que a organização “é um sistema[2] de actividades coincientemente coordenadas de duas ou mais pessoas”, sendo que se torna fundamental a existência de cooperação entre elas para que exista a organização.
Recursos Humanos
A expressão Recursos Humanos refere-se às pessoas que participam das organizações e que nelas desempenham determinados papeis. As pessoas passam grande parte de seu tempo trabalhando em organizações. As organizações requerem pessoas para as suas actividades e operações da mesma forma que requerem recursos financeiros, materiais e tecnológicos, dai a denominação Recursos Humanos para descrever as pessoas que trabalham nas organizações[3].

CAPÍTULO II

1. Interacção Entre as Pessoas na Organização

As pessoas e as organizações estão empenhadas em uma complexa e incessante interacção, as pessoas passam a maior parte do tempo nas organizações das quais dependem para viver e as organizações são constituídas de pessoas sem as quais não poderiam existir. Sem as pessoas e sem as organizações não haveria ARH.


Uma organização existe quando se juntam  duas ou mais pessoas que pretendem cooperar entre si, a fim de alcançarem objectivos comuns, que a iniciativa individual somente não permitiria alcançar. Há uma variedade enorme de organizações: empresas industriais, empresas prestadoras de serviços, bancos, financeiras, universidades, escolas, exércitos, instituições governamentais, hospitais, igrejas, etc.

Ao estabelecerem seus objectivos, as organizações desenvolvem estratégias para alcançarem seus objectivos. Como sistemas abertos, as organizações mantém um íntimo intercâmbio com o ambiente e a interdependência da organização  com seu ambiente  conduz ao conceito de eficácia organizacional. A eficácia organizacional depende do alcance dos objectivos, da manutenção do sistema interno (pessoas e recursos humanos) e da adaptação ao ambiente externo, dai a importância da ARH na vida das organizações.

1.1. A Motivação Humana


Motivação: De acordo com Mony, Sharplin e Premeaux citados por Sebastião Texeira, 1998:120, pode-se definir motivação como a vontade de uma pessoa desenvolver os eforços com vista a prossecução dos objectivos da organização.

Koontl citado pelo mesmo autor, considera que a motivação é toda a classe de impulsos, desejos, necessidades e forças semelhantes, é dizer que um gestor motiva[4] os seus colaboradores o que significa que ele desenvolve as acções que espera que venham satisfazer aqueles desejos, impulsos e necessidade dos colaboradores induzindo-os à actual forma desejada.

1.1.1 - Ciclo Motivacional

O ciclo começa com o surgimento de uma necessidade[5]. Toda vez que surge a necessidade, esta rompe o estado de equilíbrio do organismo, causando um estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio. Esse estado leva o indivíduo a um comportamento, ou acção, capaz de descarregar a tensão ou de livrá-lo do desconforto e de desequilíbrio. Se o comportamento for eficaz, o indivíduo encontrará a satisfação da necessidade e, portanto, a descarga da tensão provocada por ela. Satisfeita a necessidade, o organismo volta ao estado de equilíbrio anterior, a sua forma de ajustamento ao ambiente.


No ciclo motivacional nem sempre a necessidade é satisfeita. Ela pode ser frustrada, ou ainda pode ser compensada, ou seja, transferida para outro objecto, pessoa ou situação. No caso de frustração da necessidade, no ciclo motivacional, a tensão provocada pelo surgimento da necessidade encontra uma barreira ou um obstáculo para a sua libertação. Não encontrando saída normal, a tensão apresada no organismo procura um  meio de saída, seja por via psicológico (agressividade, descontentamento, tensão emocional, etc.) seja por via fisiológica (tensão nervosa, insónia, repercussões cardíacas ou digestivas, etc.)

Outra vez a necessidade não é satisfeita nem frustrada, mas transferida ou compensada, quando a satisfação de uma outra necessidade reduz a intensidade de uma necessidade que não pode ser satisfeita.

Ex.: quando o motivo de uma promoção para um cargo superior é contornado por um bom aumento de salário ou por uma nova sala de trabalho.

2. Comunicação e Negociação

2.1 - Comunicação


É a transferência de informação e significado de uma pessoa  para a outra. É o processo de passar e compreensão  de uma pessoa para a outra.  É a maneira de se relacionar com outras pessoas, através de ideias, tactos, pensamentos e valores, a comunicação é o ponto que liga as pessoas para que compartilhem sentimentos e conhecimentos. A comunicação envolve pelo menos duas pessoas: a que envia a mensagem e a que recebe. Uma pessoa sozinha não pode comunicar-se, pois somente com outra pessoa receptora é que pode completar o acto de comunicação. Entretanto as organizações não podem existir nem operar sem comunicação, esta é a rede que integra e coordena todas as suas partes[6].
Informação: é o conjunto de dados[7] com determinado significado, ou seja, que reduz a incerteza a respeito de algo ou que permite o conhecimento a respeito de algo. O conceito de informação , tanto do ponto de vista popular como do ponto de vista científico, envolve o processo de redução de incerteza[8].

A comunicação constitui um processo composto  de cinco elementos, a saber: Emissor, Transmissor ou codificador, Canal e destino.

2.2 - Negociação

Para Miguel Pina e Cunha[9], é o processo através do qual as partes em disputa tentam alcançar uma decisão conjunta nas matérias alvo de desacordo. Ocorre nas mais diversos planos da vida privada, social, económica, organizacional, a todo o momento.

Estratégias de Negociação Segundo Miguel Pina e Cunha

Competitiva/distributiva: em sentido em que pretende vencer o oponente “custe o que custar” na prossecução desta estratégia, pode fazer ameaças e ocultar informações, elas subdividem-se em quatro categorias: obter um acordo final próximo do ponto de resistência do oponente (comprar por um preço muito próximo do limite abaixo do qual o vendedor não anunciou); aumentar a amplitude positiva da negociação induzindo o oponente a baixar o seu ponto de resistência (convence-lo de que o preço proposto é irrealizável); Transformar uma amplitude negativa em positiva, impelindo o oponente a baixar o seu ponto de resistência; aliciar o oponente levando-o a crer que um determinado resultado é o melhor que ele pode alcançar.

Integrativas/Colaborativas: Quando o problema decorre em torno de um bolo de recursos não expansível e que é necessário dividir, a negociação adquire contornos necessariamente distributivos. Não é pelo facto de uma ou ambas as partes propenderem para opções estratégicas integrativas que a negociação gera ganhos conjuntos: o bolo é fixo, pelo que maior fatia para uma das partes implica fatia menor para a outra. A situações, porém,  em que o bolo é expansível, envolvendo o conflito mais do que uma dimensão. A negociação integrativa decorre sob lógica da soma variável (ganha-ganha)  e contém vários traços: as partes comunicam franca e abertamente as suas preferências, alternativas, opções. Escutam-se activamente, fornecem a informação verdadeira, trocam ideias acerca das possíveis soluções; tentam compreender as reais necessidades e objectivos da contraparte; enfatizam os pontos de convergência e minimizam as diferenças; velam pela busca de soluções que satisfaçam as necessidades e objectivos mútuos.

3. O Comportamento Humano nas Organizações (Características)


O homem é proactivo, o comportamento das pessoas é orientado para a satisfação  de suas necessidades pessoais e para o alcance de seus objectivos e aspirações, por isso reagem e respondem a seu ambiente, seja no trabalho seja fora da organização. O homem é social, a participação em organizações é importante na vida das pessoas porque conduz ao envolvimento com outras pessoas ou grupos. O homem tem diferentes necessidades, as pessoas são motivadas por uma diversidade de necessidades O homem percebe e avalia. O homem pensa e escolhe. O Homem tem limitada capacidade de resposta.

3.1. As Pessoas e As Organizações

As pessoas agrupam-se para formar organizações e através delas alcançar objectivos comuns que seriam impossíveis  de atingir individualmente. As organizações  que alcançam aqueles objectivos compartilhados, ou seja, as organizações bem sucedidas, tendem a crescer. E esse crescimento exige maior número de pessoas, cada qual com outros objectivos individuais. Isto provoca crescente distanciamento entre os objectivos organizacionais que eram comuns para aqueles que formaram a organização, e os objectivos individuais dos novos participantes. Para ultrapassar o possível conflito potencial entre esses objectivos, a interacção entre as pessoas e organizações torna-se complexa e dinâmica. Essa interacção funciona como um processo de reciprocidade baseada em um contrato psicológico, recheado de expectativas recíprocas que regem as relações de intercâmbio entre pessoas e organizações. De um lado, as organizações oferecem incentivos ou aliciantes, enquanto as pessoas oferecem contribuições. O equilíbrio organizacional depende do intercâmbio entre os incentivos oferecidos e as contribuições como retorno à organização.

CAPÍTULO III

 

1. Subsistema de Provisão de Recursos Humanos

1.1. Planificação de Recursos Humanos (PRH)


Planeamento do RH O planeamento de RH é um o processo pelo qual a empresa se assegura que as quantidades e tipos certos de Recursos Humanos estejam disponíveis nos lugares e momentos apropriados, desempenhando as tarefas para as quais eles são economicamente mais úteis. planeamento de Recursos Humanos em relação ao planeamento estratégico da empresa como um todo. Isso significa dizer que as projecções de RH servem para fazer as previsões orçamentárias de gastos indirectos e de investimentos em activo imobilizado ajustando as próprias directrizes da empresa. Nesse sentido, o planeamento de Recursos Humanos, pode vir a ser adoptado pelos gerentes como um valioso instrumento de planeamento e controle administrativo[10].

1.2. Recrutamento e Selecção

O recrutamento consiste na pesquisa e intervenção sobre as fontes capazes de fornecer à organização um número suficiente de pessoas necessárias à consecução dos seus objectivos[11].

Selecção: é o processo de comparação de duas variáveis: de um lado, os requisitos do cargo a ser preenchido e de outro lado, o perfil das características dos candidatos que se apresenta[12].

Tipos de Recrutamento


a)  Recrutamento Interno
Trata-se do recrutamento que ocorre internamente quando o preenchimento da vaga disponível na empresa necessita dos próprios componentes da empresa.
Vantagens: Menor custo em relação ao recrutamento externo; possibilidade de aumentar a motivação e a produtividade dos colaboradores; torna mais fácil a selecção porque os participantes são pessoas conhecidas.
Desvantagens: Desmotivação dos não recrutados; quando efectuado continuamente, leva os empregados a uma progressiva limitação as politicas e directrizes da organização.

b) Recrutamento Externo
O  recrutamento externo é aquele que é realizado com pessoas externas à instituição.
Vantagens: Possibilidade de encontrar pessoas com experiências diferentes, que possam trazer novos hábitos, habilidades e valores dentro da empresa; possibilidade de a empresa manter-se  actualizada com ambiente externo.
Desvantagens: Maior custo que o recrutamento interno, devido aos gastos em anúncios, entre outros; necessidade de adaptação do recém contratado na empresa; É menos seguro pois, os candidatos externos são desconhecidos.

2. Subsistema de Manutenção dos Recursos Humanos

2.1 -  Sistemas de Recompensas

Um sistema de recompensas é um conjunto de princípios e directrizes que a empresa define relativamente aos seus trabalhadores, em matéria de retribuições quer seja de natureza material ou imaterial em contrapartida do trabalho, a sua definição deve enquadrar-se na estratégia global da empresa.
O sistema de recompensas inclui o pacote total de benefícios, que a organização coloca à disposição de seus membros e os mecanismos e procedimentos pelos quais estes benefícios são distribuídos.
a)     Incentivos: são comparações adicionais, as quais dependem da performance, o objectivo do incentivo é, pois compensar os colaboradores pela performance acima da média exigida.
b)     Benefícios Sociais: Ao contrário dos incentivos, benefícios são concedidos a todos os empregados pelo simples facto destes pertencerem a empresa, tais  benefícios podem ser: Plano de pensões para além do plano nacional;  Seguro de vida; Assistencia médica complementar;  Subsídio de formação para os filhos, etc.

2.2 - Higiene e segurança no trabalho    

A criação das condições de segurança e higiene no trabalho refere-se a um conjunto de normas e procedimentos que visa a protecção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas. É imperioso desenvolver programas de higiene do trabalho para manter o ambiente saudável de trabalho.

3. Subsistema de Desenvolvimento de Recursos Humanos

3.1. Treinamento do Pessoal

Treinamento e desenvolvimento na organização empresarial é equivalente a aperfeiçoamento. Esse aperfeiçoamento baseia-se na ideia de que o profissional teve sua formação académica, mas no dia-a-dia da empresa novas experiências vão se agregando, de forma a trazer informações que devem ser organizadas num processo cognitivo de produção positiva.
a) Capacitar um profissional nas necessidades da empresa busca atingir um aperfeiçoamento adequado do subsistema, visando atender o objectivo maior que é o complexo funcionamento do sistema organizacional.
b) Saber quando aplicar o aperfeiçoamento é tão importante quando à sua efectiva aplicação. Se determinado num momento impróprio, os resultados poderão ser desanimadores e o projecto desenvolvido pode ficar comprometido com a confiança

c)  Deve-se treinar o trabalhador de modo a saber fazer o trabalho que lhe for atribuído, ter um conhecimento amplo das suas operações para tal é necessário um nível de conhecimento técnico. Neste caso, a função do treinamento assume um papel fundamental no desenvolvimento dos recursos humanos.
O desenvolvimento individual não inclui apenas a formação no sentido de aumentar as capacidades com vista à execução de uma tarefa específica, mas a educação em sentido mais geral, de forma a aumentar o nível de conhecimentos e a capacidade de resposta às mudanças no ambiente exterior à organização.
O processo de formação implica 4 fases:
- Diagnóstico da situação (identificação e análise das necessidades e conversão das necessidades em objectivos de formação;
- Programação (quem treina; que conteúdos; que metodologias usar)
- Implementação (aplicação dos programas)
- Avaliação (verificação das alterações provocadas pela formação).

4. Subsistema de Monitoria de Recursos Humanos

4.1 -  Sistema de Informação Como Indutor de Mudanças


Já definimos anteriormente os conceitos de dados e de informação, resta apenas referir que o Sistema de Informação é um conjunto de elementos interdependentes e associados, para que da sua interacção sejam geradas informações necessárias à tomada de decisões.
O sistema de processamento de dados tem objectivos específicos que variam de uma organização para a outra. As informações podem provir do ambiente externo ou interno, como o organograma de cargos e respectivos salários na organização, pessoas que nela trabalham, homens/horas de trabalho, volume de produção e de vendas, produtividade alcançada, etc. As informações que servem a toda a organização constituem o sistema de informação globais (envolvendo os níveis institucional, intermédio e operacional da organização) enquanto as informações que suportam as decisões dos gerentes constituem o sistema de informação gerenciais (envolvendo os níveis institucional e intermédio).

5. A Gestão de Pessoas na Equipa de Trabalho


Uma forte tendência do moderno desenho de cargos é a criação de equipes autónomas ou autogerenciáveis de trabalho. São grupos de pessoas cujas tarefas são redesenhadas para criar alto grau de interdependência e que recebem autoridade para tomar decisões a respeito do trabalho a ser realizado.

As equipes de trabalho operam com processo participativo de tomada de decisões, tarefas compartilhadas e responsabilidade por boa parcela do trabalho “gerencial” do nível superior.

Cada membro do grupo deve possuir todas as habilidades para desempenhar diferentes tarefas. Os membros são responsáveis pelo alcance de resultados e metas e decidem a distribuição das tarefas entre si, programam o trabalho, treinam uns aos outros, avaliam a contribuição de cada um e são responsáveis pela qualidade do trabalho grupal e pela melhoria contínua. A gestão de recursos humanos assume uma maior importância no desenvolvimento de uma cultura dentro da organização direccionada para inovação e aprendizagem contínua.





6. Conclusão


Do trabalho apresentado, concluímos que a  Administração de Recursos Humanos, por seu lado, cuida da parte referente ao desenvolvimento das pessoas que pertencem à organização. Isto quer dizer que ela não cuida somente da remuneração, da avaliação ou do treinamento das pessoas, mas do seu desenvolvimento como um todo. Encarrega-se, especificamente de promover a integração do trabalhador à organização, por meio da coordenação de interesses entre a empresa e a mão de obra disponível.
Por isto, preocupações com a qualidade de vida no trabalho, melhoria do clima, formação de uma cultura organizacional salutar, relacionamento interpessoal, são exemplos de actividades da Administração de Recursos Humanos nas organizações. De igual forma, assuntos como planeamento de recursos humanos, tratamento dos conflitos organizacionais, análise sócio-técnica, sociologia das organizações, psicologia social das organizações e qualidade total entre outros, também são estudados quando se deseja analisar profundamente a administração de Recursos Humanos. É isto que permite a consecução do objectivo de se promover a integração do homem à organização. sendo a ARH um sistema, todos os subsistemas que o compõem devem estar devidamente conjugados e interagirem por forma a garantir que cada um alimentem o outro com eficiência e eficácia, pois só dessa forma é que poderá ser garantido na organização um processo de ARH que proporcione o alcance dos objectivos da organização. Concluiu-se ainda que a ARH é um processo contigencial e situacional, no sentido de que a mesma depende da cultura que existe em cada organização, depende ainda da estrutura organizacional adoptada e das características internas, das suas funções e processos e de um sem número de outras variáveis importantes.









7. Bibliografia:


CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral de Administração. 7ª edição,
          Editora Campus, Rio de Janeiro; 2004.

CHIAVENATO, Idalberto, Recursos Humanos. 7ª edição, Editora Atlas. São Paulo,
          2002.

CHIAVENATO, Idalberto, Recursos Humanos.8ª edição, Editora Atlas. São Paulo,
          2004.

CUNHA, Miguel Pina et all. Manual de Comportamento Organizacional e Gestão. 5ª
            Edição, Editora RH, Lda, Lisboa, 2006.

Sites da Internet




[1] CHIAVENATO, Idalberto, Recursos Humanos, 8ª Edição, p. 19.
[2] O autor define sistema como um conjunto de elementos dinamicamente relacionados que desenvolvem uma actividade para atingir determinados objectivos ou propósitos. Todo o sistema opera sobre matéria, energia ou informação obtidas do ambiente que constituem os insumos ou entradas (inputs), de recursos necessários para que o sistema possa  operar. Estes recursos são processados  pelas diversas partes do sistema (subsistema) e transformados em saídas ou resultados (outputs) para serem devolvidos ao ambiente
[3] Chiavenato, Idalberto, Recursos Humanos, 8ª Edição, p.11
[4] Motivo, segundo Chiavenato (2004:63) é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a uma propensão a um comportamento específico.
[5] O mesmo autor (2004:65) define a necessidade como sendo uma força dinâmica e persistente que provoca comportamento.
[6] Ibidem, p. 75
[7] Dado é o registro  a respeito de determinado evento ou ocorrência. Um banco de dados, por exemplo, é um meio de acumular e armazenar conjunto de dados para serem posteriormente combinados e processados.
[8] Ibidem, p.76
[9] Cunha, Miguel Pina, et all, Manual de Comportamento Organizacional e Gestão, 2006, 5ª Edição, p. 546.
[11] Chiavenato, 2002, p.198
[12] Ibidem, p. 186.